Panfletos
Numa dessas tardes tranqüilas, com aquele friozinho tradicional do outono no Rio Grande do Sul, mais precisamente na cidade de Pelotas, fui caminhar só para descontrair e manter a boa forma. Mas ao chegar no centro da cidade, resolvi passar pelo calçadão e eis que acontece o inesperado: um panfleto é colocado em minha mão sem que eu tentasse pegá-lo.
Caminhei mais alguns metros e outro panfleto aparece de repente e eu fico sem ação e acabo pegando-o, continuo a minha tentativa de caminhada e já querendo me esquivar do próximo panfletário, mas não consigo e termino pegando o terceiro panfleto em menos de três minutos.
Quando cheguei ao final do calçadão, estava com onze panfletos nas mãos e perplexo pela situação de que como os panfletários têm essa técnica muito apurada em colocar panfletos nas mãos dos transeuntes. Não sei como eles fazem, mas são ágeis e sabem o momento certo de atacar com todas aquelas ofertas em vermelho e que os descontos aparecem em números gigantescos.
A problemática está no número reduzido de lixeiras no calçadão, pois são poucas em relação ao número de panfletários e o que acontece são às pessoas colocando os panfletos no chão; não é por nada que quando chove em Pelotas, nos primeiros dez minutos de chuva a cidade está alagada.
A solução é a população, devolver os panfletos após olhar as ofertas para os devidos panfletários, com isso será uma economia de papel e o lixo no calçadão irá diminuir. Se algum dia passares pelo calçadão de Pelotas tenha cuidado, pois eles são rápidos, espertos e sabem que a propaganda não é apenas a alma, mas a mão do negócio.
Renan Pimentel
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